Não era nem dez da manhã. Pela janela da van, o pampa surgia imenso, com seu horizonte infinito, plantações extensas e o gado criado praticamente solto. A paisagem era exatamente aquela que, por muito tempo, compôs o mais fiel retrato da Campanha Gaúcha: uma extensa faixa de terra colada à fronteira do Uruguai, voltada à agropecuária, onde o português se mistura com o espanhol e as tradições têm força como em, talvez, nenhum outro canto do Rio Grande do Sul.
O que me levava à extrema fronteira sul do Brasil no fim do verão de 2019 era, no entanto, uma novidade: o crescimento da região como um promissor polo vitivinicultor, que está agora também investindo no enoturismo. Responsável por 15% da produção de vinho no país, a Campanha Gaúcha está atrás apenas da Serra Gaúcha – e tem uma vantagem: condições de terreno (plano e pedregoso) e clima (amplitude térmica, com dias quentes, noites frescas e raras chuvas durante o verão) muito mais favoráveis para os vinhedos.
Era por isso que, nem dez da manhã, e lá estava eu, tomando vinho com canudinho no sacolejo da van. O destino era a primeira das oito vinícolas que eu visitaria em cinco dias. Um roteiro que começou bem, e terminou melhor ainda. Divido com vocês a seguir.
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